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Um homem idealista que trabalha com jovens e adultos no sentido de melhorar nosso senso de cidadania e os nossos valores pessoais, sociais, culturais e morais. Valorizo muito a família.

sábado, 17 de dezembro de 2011

ARTIGO DE OPINIÃO

ARTIGO DE OPINIÃO
ØDefende posição sobre tema atual, contrabalançando fatos e argumentos válidos a respeito da referida notícia;
ØO texto tem caráter discursivo-argumentativo de opinião contextualizada, uma vez que faz a defesa de algo que vem sendo discutido amplamente na sociedade;
ØO esquema ideal é composto por:
Introdução: Apresentação sucinta do problema, tema polêmico ou discussão;
Desenvolvimento: Opinião do redator e argumentação;
Conclusão: Parecer final (sugestão, apelo, crítica, etc.)

Conselhos para melhorar a sua redação

Conselhos para melhorar a sua redação
      Diante dos exames vestibulares, oferecemos alguns procedimentos para que o estudante faça um bom texto na prova de redação.
      1. Pense no que você quer dizer e diga da forma mais simples. Procure ser direto na construção das sentenças.
      2. Corte palavras sempre que possível. Use a voz ativa, evite a passiva.
      3. Evite termos estrangeiros e jargões.
      4. Evite o uso excessivo de advérbios.
      5. Seja cauteloso ao utilizar as conjunções "como", "entretanto", "no entanto" e "porém". Quase sempre são dispensáveis.
      6. Tente fazer com que os diálogos escritos (em caso de narração) pareçam uma conversa.
      Uso do gerúndio empobrece o texto. Exemplo: Entendendo dessa maneira, o problema vai-se pondo numa perspectiva melhor, ficando mais claro...
      7. Adjetivos que não informam são dispensáveis. Por exemplo: luxuosa mansão. Toda mansão é luxuosa.
      8. Evite o uso excessivo do "que". Essa armadilha produz períodos longos. Prefira frases curtas. Exemplo: O fato de que o homem que seja inteligente tenha que entender os erros dos outros e perdoá-los não parece que seja certo.
      9. Evite clichês (lugares comuns) e frases feitas. Exemplos: “subir os degraus da glória”, "fazer das tripas coração", "encerrar com chave de ouro", “silêncio mortal", "calorosos aplausos", "mais alta estima".
      10. Verbo "fazer", no sentido de tempo, não é usado no plural. É errado escrever: "Fazem alguns anos que não leio um livro". O certo é “Faz alguns anos que não leio um livro”.
      11. Cuidado com redundâncias. É errado escrever, por exemplo: "Há cinco anos atrás". Corte o "há" ou dispense o "atrás". O certo é “Há cinco anos...”
      12. Só com a leitura intensiva se aprende a usar vírgulas corretamente. As regras sobre o assunto são insuficientes.
      13. Leia os bons autores e faça como eles: trate a vírgula com bons modos.
      14. Nas citações, use aspas , coloque a vírgula e um verbo seguido do nome de quem disse ou escreveu aquilo. Exemplo: “O que é escrito sem esforço é geralmente lido sem prazer.”, disse Samuel Johnson.
      15. Leia muito, leia sempre, leia o que lhe pareça agradável.
   

VOCATIVO e TRATAMENTO

REFERÊNCIA
/
INTERLOCUTOR
VOCATIVO
TRATAMENTO
3 PODERES PÚBLICOS
Exmo. Sr
Excelentíssimo Sr.
Vossa Excelência
V.Ex.ª ou V. Exa.
INICIATIVA PRIVADA
Ilmo .Sr.
Ilustríssimo Sr.
Vossa Senhoria
V.S.ª ou V. Sa.
ALTO CLERO
Santíssimo Sr.
Vossa Santidade
V.S.
REITOR / CHANCELER
Magnífico Sr
Vossa Magnificência
V. Mag.ª ou V. Maga.
OUTROS
Caro Sr
Prezado Sr
Estimado Sr
Sr. / Sra;  Seu / Sua

ESTRUTURA DA NOTÍCIA

ESTRUTURA DA NOTÍCIA
A notícia deverá ser escrita de forma a possibilitar uma leitura rápida. Consideremos como notícia tipo a que apresenta a seguinte estrutura: 

Título - (pode, eventualmente, ter também antetítulo e / ou subtítulo)
Lead – corresponde ao primeiro parágrafo do texto, que pode ou não ser destacado graficamente e que deverá conter as informações essenciais, respondendo sempre que possível às perguntas:
- Quem ? (quem participa na notícia)
- O quê? (o que aconteceu, acontece ou vai acontecer)
- Onde? (local onde aconteceu)
- Quando? (dia, hora,)
Corpo da noticia – corresponde aos restantes parágrafos do texto. É o desenvolvimento da notícia, no qual deverão estar  as respostas às questões:
- Como? (contar como aconteceu a notícia)

Notas: 
_ As frases devem ser curtas com uma estrutura básica de sujeito - predicado -complemento, ou seja, deve seguir o princípio "uma frase -uma ideia".
_ O jornalista deve evitar os adjectivos, utilizando sobretudo os substantivos e os verbos.

CRÔNICA

CRÔNICA

Características

Æ    Texto, em geral, curto;
Æ    Possui poucas personagens;
Æ    O tempo e o espaço são limitados;
Æ    Traz fatos/ações/situações cotidianos, montados com beleza e forma;
Æ    Texto que relaciona realidade e ficção;

Esquema
Æ    Título;
Æ    Possibilidade de subtítulo;
Æ    Texto:  - Apresenta as personagens
Æ                                - Apresenta a trama
Æ                                          - Desenvolve as ações                                                                                                                                                                                      
Æ                                                   - Traz o desfecho;
Æ    Identificação;

Criança trocada por casa é apresentada no PR
            Um dos quatro bebês trocados pelos pais por material de construção, cestas básicas e até uma casa foi apresentado ontem pela manhã na sede do Sicride (Serviço de Investigações de Crianças Desaparecidas) da Segurança Pública do Paraná.
            A criança estava em Curitiba com o engenheiro Antônio Ricardo Siqueira, 39, e a comerciante Luiza Helena Pereira, 39, havia cerca de um mês.
            O menino continuará com o casal, que foi indiciado em inquérito policial, até decisão final da Justiça. O casal foi indiciado sob acusação de venda ou troca de crianças, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.
            A mãe da criança, a desempregada Maria do Nascimento, deverá ser indiciada em inquérito policial no início da próxima semana, segundo o delegado Harry Herbert, que cuida do caso.
            Ela teria entregue o filho em abril à curitibana Jurema Frumento, que teria intermediado a troca da criança por uma casa.
            Jurema, que também foi indiciada, nega ter recebido qualquer quantia pela entrega. Ela afirma ter apenas ajudado a amiga, que é mãe solteira e não tem dinheiro.
[...]
  (Folha de S. Paulo, 12/6/99)

CARTA DENÚNCIA

CARTA DENÚNCIA
1-   Características:
Ø  Texto que apresenta fatos, indícios e / ou versões sobre algo ilícito, imoral e / ou que não seja ético;
Ø  Traz argumentação contundente, convicta, sobre o assunto apresentado;
Ø  Cobra fiscalização, ação e solução para o problema;
Ø  Geralmente, é destinada para interlocutor que possui o poder de resolver a situação (podendo ser para instituições ou órgãos, como, por exemplo, o Ministério Público);

2-   Esquema:
Ø  Local e data de emissão;
Ø  Vocativo;
Ø  Texto (entre 3 e 5 parágrafos)
§  Parágrafo I: apresenta o problema e mostra seu contexto;
§  Parágrafo II: traz os primeiros argumentos, fatos, indícios;
§  Parágrafo III: traz novos argumentos, fatos, indícios;
§  Parágrafo IV: Cobra soluções para o assunto apresentado;
§  Parágrafo V: Propõe soluções e faz o desfecho;

Ø  Saudação;
Ø  Identificação;

CARTA-DENÚNCIA
Exemplo
João Pessoa, 11 de outubro de 2011
Exmo. Sr. Promotor de justiça do Estado da Paraíba
É com muita preocupação que encaminhamos informações sérias sobre uma quadrilha de aliciadores de menores, fixada na nossa capital. O esquema funciona da seguinte forma: Primeiramente, algumas pessoas, selecionam, nas escolas públicas, garotas para um “teste” fotográfico; depois, são levadas para um estúdio, onde são “convencidas” ao trabalho no tráfico de Drogas e na Prostituição.
Já recebemos indícios e informações que montam mais de 100 meninas, entre 13 e 19 anos, levadas ao esquema. Sem dúvidas, existirão muitas mais. Assim, esse grupo criminoso, além de ferir as leis, não se importa com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Diante disso, solicitamos uma ação enérgica e definitiva de Vossa Excelência, no intuito de coibir e punir a atividade dessas pessoas. É fundamental que a sociedade, representada por este órgão, seja protegida no seu elemento mais básico: o jovem.
Portanto, estaremos atentos e firmes no propósito de contribuir com todas as investigações e diligências no sentido de acabar com essa situação, prendendo, não apenas, os responsáveis, mas também, todas as pessoas ligadas ao esquema.
Respeitosamente
Sociedade Civil Organizada

ABAIXO-ASSINADO

ABAIXO-ASSINADO

É bastante comum vermos pessoas insatisfeitas com determinadas situações no que se refere ao cotidiano de uma forma geral.

Se direcionarmos agora para um contexto histórico, recordaremos que o país tornou-se “democrático” há muito, porém sentimo-nos ainda pequenos e incapazes para solucionar os problemas sociais que tanto nos aflige.

Entretanto, diante desta “pequenitude”, ainda há certos procedimentos que revelam que o ser humano, mesmo correndo o risco de não ser atendido, opta por demonstrar sua insatisfação diante de algum fato ligado à esfera social. Tal medida comprova que, com o passar do tempo, as pessoas estão mais aptas em reivindicar seus direitos enquanto cidadãos críticos e conscientes.

Dentre essas tomadas de atitude figura-se o Abaixo-Assinado, que como toda linguagem escrita, requer técnicas específicas para redigi-lo. Suas características principais são a argumentação e a persuasão, onde um grupo de pessoas envolvidas num só objetivo se une para solicitar melhorias ou mudanças, reivindicar sobre algum fato decorrente, ente outros.

É importante lembrarmos que o público-alvo a quem serão direcionadas as reivindicações serão pessoas influentes e com total autonomia para tomar o poder de decisão.

Quanto à linguagem, esta deverá ser clara, objetiva e precisa seguindo o padrão formal da linguagem, e estruturalmente, compõe-se das seguintes particularidades:

- Vocativo - No qual conterá o nome do destinatário e/ou o cargo acompanhado do respectivo pronome de tratamento, dependendo do grau de formalismo e da posição ocupada perante a sociedade.

- Corpo do texto - Neste deverá constar a exposição do problema apontado seguido de uma argumentação convincente que a justifique.

- Local, data e assinaturas das pessoas envolvidas na situação - Lembrando que junto ao nome das mesmas, poderá constar dados pessoais, tais como o número de um documento pessoal, cargo ocupado ou endereço

anúncio publicitário

Estruturalmente, o anúncio publicitário compõe-se dos seguintes elementos:

Título – Deve ser algo conciso e chamativo, procurando despertar o interesse do interlocutor. Geralmente comporta-se de frases curtas.

Imagem – Diversifica-se entre desenhos, montagens, fotografias. Como o texto possui um caráter persuasivo, a mesma deve ser algo atraente e inusitado.

Corpo do texto – É o objetivo em si, aquele que se pretende obter com a mensagem. O vocabulário deve ir ao encontro do público–alvo, procurando corresponder às expectativas.

Identificação do produto ou marca – Esse funciona como uma assinatura do anunciante. Em muitos casos vem acompanhado de um Slogan, o qual define-se por frases de efeito, com o objetivo de atrair o consumidor para a aquisição do produto 

CARTA

Introdução

A carta é uma modalidade redacional livre, pois nela podem aparecer a narração, a descrição ou o parecer dissertativo. O que determina a abordagem, a linguagem e os aspectos formais de uma carta é o fim a que ela se destina: um negócio, um amigo, um ente amado, um interesse pessoal, uma seção de jornal ou revista, um parente, etc. assim, as cartas podem ser amorosas, didáticas, doutrinárias, familiares, críticas ou apreciativas.

Estética

A estética da carta varia conforme a finalidade. Se o destinatário é um órgão do governo, a carta deve conter procedimentos formais como a disposição da data, o nome do destinatário (vocativo), o nome do Remetente e a assinatura. No caso de correspondência comercial e oficial, a linguagem é muitas vezes feita de jargões e expressões de uso comum ao contexto que lhes é próprio.

Carta Persuasiva

A carta tem um teor crítico e se assemelha a dissertação, quando a intenção de quem escreve é de envolver o leitor de forma a persuadi-lo a fazer algo, ou mudar de opinião a respeito de determinado assunto. A diferença entre as duas modalidades (carta e dissertação) é que na carta aparece o vocativo (pessoa a quem se destina); assim, o leitor é determinado e não impessoal como no caso da dissertação. Na carta persuasiva, o remetente deve apresentar um texto organizado segundo a estrutura dissertativa (tese, argumentação e conclusão). Os argumentos devem ser bem fundamentados a partir de exemplos extraídos do cotidiano ou da história, e a conclusão deve convencer o destinatário a apoiar o remetente.

Pontos indispensáveis numa Epístola

1) Organização: obedecer a seqüência lógica do assunto;
2) Unidade: o conteúdo da carta deve relacionar-se com o assunto em discussão;
3) Coerência: idéias devidamente relacionadas entre parágrafos e uso correto dos elementos de ligação;
4) Clareza: diversidade e adequação do vocabulário; a linguagem deve refletir o padrão culto da língua;
5) Concisão: as palavras empregadas devem ser fundamentais e informativas;

Fazendo uma retrospectiva em tempos mais antigos, um dos meios de comunicação muito em voga era a carta. A mesma era um instrumento bastante eficaz no envio e recebimento de notícias, e era também um meio de matarmos a saudade de parentes e amigos que ora encontravam-se distantes.

Hoje, porém, com o advento dos recursos tecnológicos, essa modalidade foi substituída por correspondências feitas em meio eletrônico, tais como, o E-mail, MSN, Orkut e outros.

A carta insere-se dentre os gêneros textuais que tem como característica principal a Argumentação, na qual o argumento fundamenta-se na solicitação e/ou reclamação sobre um determinado assunto.

Torna-se imprescindível sabermos que a referida argumentação assemelha-se àquela prescrita na Dissertação, onde o emissor tem como foco principal convencer o destinatário de seu ponto de vista a respeito de um determinado assunto. O que as difere é que na dissertação não há um destinatário específico, do modo que há na carta.

Como a situação comunicativa é totalmente voltada para o instinto persuasivo, e mais, como é algo reivindicativo, esse destinatário pode ser alguém ilustre no meio social ou uma pessoa comum.

O que irá determinar o grau de formalismo é exatamente o nível de intimidade estabelecido entre ambos.

Como toda linguagem escrita é pautada por mecanismos específicos, essa não foge à
regra. Portanto, atentemo-nos para suas partes constituintes:

Local e data 

-  Vocativo - Poderão ser usados pronomes de tratamento específicos, dependendo do grau de convivência entre os interlocutores (
Identificação do destinatário, ou seja, a pessoa a quem será destinada) 

-  Corpo do texto - A carta propriamente dita 

-  A saudação (A despedida - Esta poderá ser formal ou não )

 -  Identificação / Assinatura - O nome da pessoa que a redigiu

Carta argumentativa (Texto Argumentativo /Persuasivo )

Carta argumentativa
(Texto Argumentativo /Persuasivo )
Características do texto argumentativo/persuasivo
      Além de uma dissertação, a prova de Redação do Vestibular Unicamp propõe também uma carta argumentativa. O que diferencia a proposta da carta argumentativa da proposta de dissertação é o tipo de argumentação que caracteriza cada um desses tipos de texto. O texto dissertativo é dirigido a um interlocutor genérico, universal. Por outro lado, a proposta de carta argumentativa pressupõe um interlocutor específico para quem a argumentação deverá estar orientada. Essa diferença de interlocutores deve necessariamente levar a uma organização argumentativa diferente, nos dois casos. Até porque, na carta argumentativa, a intenção é freqüentemente a de persuadir um interlocutor específico (convencê-lo do ponto de vista defendido por quem escreve a carta ou demovê-lo do ponto de vista por ele defendido e que o autor da carta considera equivocado).
      É importante justificar por que se solicita que a argumentação seja feita em forma de carta. Acredite, essa é uma opção estratégica feita em seu próprio benefício. O pressuposto é o de que, se é definido previamente quem é seu interlocutor sobre um determinado assunto, você tem melhores condições de fundamentar sua argumentação.
      Vamos tentar exemplificar, mais ou menos concretamente, algumas situações argumentativas diferentes, para que fique claro que tipo de fundamento está por trás desta proposta da Unicamp. Imagine-se um defensor ardoroso da legalização do aborto. Perceba que sua estratégia argumentativa seria necessariamente diferente se fosse solicitado a :
  •       escrever uma dissertação sobre o assunto, portanto, escrever para o nosso "leitor universal";
  •       escrever ao Papa, para demonstrar a necessidade de a Igreja Católica, em alguns casos, rever sua postura frente ao aborto;
  •       escrever a um congressista procurando persuadi-lo a apresentar um anteprojeto para a legalização do aborto no Brasil;
  •       escrever ao Roberto Carlos procurando persuadi-lo a incluir, em seu LP de final de ano, uma música em favor da descriminação do aborto.
      Você não concorda conosco? Não fica mais fácil decidir que argumentos utilizar conhecendo o interlocutor? É por isso que é tão importante que você, durante a elaboração do seu projeto de texto, procure representar da melhor maneira possível o seu interlocutor, uma vez conhecido.
      Embora o foco desta proposta seja um determinado tipo de argumentação, o fato de que o contexto criado para este exercício é o de uma carta implica também algumas expectativas quanto à forma do seu texto. Por exemplo, é necessário estabelecer e manter a interlocução, usar uma linguagem compatível com o interlocutor (por exemplo, não se dirigir ao Papa com um jovial E aí, Santidade, tudo em cima?, muito menos despedir-se de tão beatífica figura com Pô, cara, tu é do mal!). Mas que fique bem claro: no cumprimento da proposta em que é exigida uma carta argumentativa, não basta dar ao texto a organização de uma carta, mesmo que a interlocução seja natural e coerentemente mantida; é necessário argumentar.
      A estrutura de uma carta argumentativa
      Início: identifica o interlocutor. A forma de tratá-lo vai depender do grau de intimidade existente. A língua portuguesa dispõe dos pronomes de tratamento para estabelecer esse tipo de relação entre interlocutores.
      O essencial é mostrar respeito pelo interlocutor, seja ele quem for. Na falta de um pronome ou expressão específica para dirigir-se a ele, recorra ao tradicional "senhor" "senhora" ou Vossa Senhoria.
      O texto dissertativo é dirigido a um interlocutor genérico, universal. A proposta de carta argumentativa pressupõe um interlocutor específico para quem a argumentação deverá estar orientada. Essa diferença de interlocutores deve necessariamente levar a uma organização argumentativa diferente, nos dois casos. Até porque, na carta argumentativa, a intenção é freqüentemente a de persuadir um interlocutor específico (convencê-lo do ponto de vista defendido por quem escreve a carta ou demovê-lo do ponto de vista por ele defendido e que o autor da carta considera equivocado).
      Mas que fique bem claro: no cumprimento da proposta em que é exigida uma carta argumentativa, não basta dar ao texto a organização de uma carta, mesmo que a interlocução seja natural e coerentemente mantida; é necessário argumentar.
      Exemplo de carta argumentativa
São Paulo, 29 de novembro 1992

Prezado Sr. E.B.M.

      Em seu artigo publicado pelo jornal Folha de São Paulo a 1.º de setembro, deparei com sua opinião expressa no Painel do Leitor. Respeitosamente, li-a e percebendo equívocos em suas opiniões quanto à veracidade dos motivos que colocaram milhares de jovens na rua, de maneira organizada e cívica, tento elucidar-lhe os fatos.
      Nosso país, o senhor bem sabe, viveu muitos anos sob o regime militar ditatorial. Toda e qualquer manifestação que discordasse dos parâmetros ideológicos do governo era simplesmente proibida. Hoje, ao contrário daquela época, as pessoas conquistaram a liberdade de expressão e o país vive o auge da democracia. Assim, perante essa liberdade o Brasil evoluiu. Atravessamos um período de crises econômicas, mas as pessoas passaram a se interessar de maneira mais acentuada pelo seu cotidiano diante da própria liberdade existente. Dessa forma, deparamos com uma população ideologicamente mais madura.
      Em sua carta enviada à Folha de São Paulo, o senhor assegura que a juventude é absolutamente imatura e incapaz de perceber a profundidade dos acontecimentos que a envolvem. Asseguro que tal opinião não é a mais justa. Nós já fomos jovens e sabemos perfeitamente que é uma época de transição.
      Mudamos nossos conceitos, nossos desejos e nossa visão de mundo. Mesmo assim, determinados valores que assumimos como corretos persistem em nossas vidas de forma direta ou não. Não sei se o senhor tem filhos, mas eu invejo a concepção que os meus assumem perante inúmeros acontecimentos. São adolescentes, que se interessam pelos fatos políticos e se preocupam com o destino da nação, pois estão cientes de que num futuro próximo serão as lideranças do país.
      Outro aspecto relevante em sua carta é o de dizer que a juventude, generalizadamente é indisciplinada. Tal opinião não condiz com a verdade. Nas manifestações pró "impeachment que invadiram o país visando a queda do Presidente Collor, não se viram agressões, intervenções policiais ou outras formas de violência. Fica, portanto, claro, que a manifestação dos chamados caras-pintadas não é vazia. Conscientes de que uma postura pouco organizada não lhes daria credibilidade, os jovens manifestaram-se honrosamente. Com isso, frente ao vergonhoso papel do próprio Presidente da República, Fernando Collor de Mello, a juventude demonstrou um grau de maturidade e percepção maior que o do próprio chefe de estado.
      Vemos, com isso, que os jovens visam ao bem do país e o seu processo de conscientização não se deu de uma hora para outra. Assim, dizer que a juventude é motivada pelo espírito da época, visando ao hedonismo é errôneo. Nossos jovens, senhor E.B.M., são reflexos da liberdade existente no país e a sua evolução político-ideológica. Sem mais, despeço-me.

Atenciosamente

Cidadão brasileiro

CARTA DO LEITOR

CARTA DO LEITOR
Texto de resposta de alguma notícia / opinião divulgada em mídia impressa;
Texto de concordância ou discordância;
Linguagem coloquial cotidiana;
Elementos:
ØVocativo (Identifica carinhosamente o destinatário);
ØTexto (Parágrafos que determinam início, meio e fim;
ØSaudação (despedida educada / carinhosa);
Øe, assinatura (nome do remetente

CARTA PESSOAL

CARTA PESSOAL
Texto de comunicação direta, com interlocutor específico;
Texto livre, com carga emocional;
Linguagem coloquial cotidiana, mas sem as contrações e gírias usuais no mundo moderno;

Elementos:
ØData (Identifica o dia, o mês, o ano em que a carta foi escrita);
ØLocal (Cidade que o remetente está);
ØVocativo (Identifica carinhosamente o destinatário);
ØTexto (Parágrafos que determinam início, meio e fim;
ØSaudação (despedida educada / carinhosa);
Øe, assinatura (nome do remetente);

TEXTOS CURTOS DISSERTATIVOS – ARGÜIÇÃO SIMPLES

TEXTOS CURTOS DISSERTATIVOS – ARGÜIÇÃO SIMPLES
CARACTERÍSTICAS:
Responde alguma questão, direta ou indiretamente, proposta;
Parte de um posicionamento pessoal, mas apresenta contextualização e argüição específicas e pertinentes.
ELEMENTOS:
Idéia a ser defendida;
Dois argumentos dentro do mesmo aspecto;
Defesa e explicação da pertinência.
ESQUEMA:
Texto, em geral, entre cinco (05) e dez (10) linhas;
Ordem direta e objetiva;
A idéia a ser defendida já define a posição pessoal diante da questão proposta. Deve ser apresentada em uma frase;
Os argumentos devem ser integrados, ou seja, devem ser complementares entre si;
A pertinência, entre argumentos e idéias, mostra a validade da tese defendida.